terça-feira, 25 de novembro de 2014

Japão pronto para lançar robô que pousará em asteróide

Depois do feito da sonda européia Rosetta e do seu robô Philae, que pousou sobre um cometa, a agência espacial japonesa (JAXA) prepara-se para repetir o feito, só que pousando sobre um asteróide. A sonda espacial Hayabusa 2 será lançada do Centro Espacial Tanegashima no próximo dia 30 de Novembro. A Hayabusa 1 teve um sucesso relativo, muito similar ao do Philae: ela tocou o asteróide Itokawa em novembro de 2005 e não conseguiu capturar as amostras do solo no volume esperado porque não conseguiu um contato firme com ele. A diferença da missão é que a Hayabusa trouxe de volta as amostras para a Terra. Embora tenham chegado apenas pequenos grânulos de poeira do asteróide, eles foram suficientes para identificar um mineral que não existe na Terra. Esse "quase sucesso absoluto" fez com que a agência espacial japonesa rapidamente começasse a construir a Hayabusa 2, que deverá chegar em Junho de 2018 ao asteróide 1999 JU3, uma rocha de cerca de 1 km de diâmetro que orbita o Sol. A sonda ficará seis meses estudando o asteróide, devendo começar a viagem de volta em dezembro daquele ano, chegando à Terra com as tão esperadas amostras em 2020. A parte mais esperada da missão será o pouso no asteróide. A própria Hayabusa, a exemplo da sua versão anterior, deve tocar o asteróide para estudá-lo, usando um coletor que sugará amostras para dentro da cápsula de retorno. Além disso, ela liberará o pequeno robô Mascot (Mobile Asteroid Surface Scout, explorador móvel da superfície do asteróide, em tradução livre). O robô é uma colaboração das agências espaciais francesa e alemã à missão. Além de estudar a superfície e coletar amostras, o robô Mascot tem o diferencial de poder saltar - de forma controlada - para diferentes locais, estudando a geologia do asteróide de forma mais ampla. Outro experimento que viajará a bordo da Hayabusa 2 é o SCI (Small Carry-on Impactor, pequeno projétil portátil, em tradução livre). Ele irá disparar uma pequena carga explosiva na superfície do asteróide, permitindo que os instrumentos da sonda espacial analisem o que o asteróide esconde abaixo de sua superfície.


Fonte: Inovação Tecnológica

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